Estudo do Livro de Atos - Capítulo 7
ESTEVÃO FALA DE ABRAÃO, ISAQUE, JACÓ, JOSÉ ETC (1-19):
As acusações contra Estevão eram duas: 1) blasfêmias contra Moisés e Deus; e 2) a afirmação de que "este Jesus" havia de destruir o templo e a Lei.
Em seu discurso, ele: a) reconta a história nacional; b) diz que esta história demonstrava a disciplina divina; c) afirma a constante perversidade do povo.
Estevão fez um longo discurso sobre o relacionamento de Israel com Deus. Ao analisar a história no AT, mostrou que os judeus constantemente rejeitaram a mensagem de Deus e seus profetas, e que o Sinédrio havia rejeitado o Messias, o Filho de Deus.
Em seu discurso, Estevão destacou três pontos principais: 1) a história de Israel é a da ação de Deus no mundo; 2) as pessoas adoravam Deus muito antes de existir um templo, porque Ele não vive em um templo; e 3) a morte de Jesus foi apenas mais um exemplo da rebelião de Israel e de sua rejeição a Deus.
Estevão realmente não se defendeu. Ele tomou uma posição ofensiva; aproveitou a oportunidade para resumir seu ensino a respeito de Jesus. Acusou os líderes religiosos de falharem em obedecer às leis de Deus; as quais diziam orgulharem-se de seguir meticulosamente. Foi a mesma acusação que Jesus fez contra eles. Quando testemunhamos sobre Cristo, não precisamos estar na defensiva. Podemos simplesmente compartilhar nossa fé!
A circuncisão era um sinal do pacto que Deus fez com Abraão e toda a nação de Israel (Gn 17:9-13). Estevão resumiu a história de Israel contando como essa aliança se deu naquele tempo. Estevão assinalou que Deus sempre cumpriu sua parte na promessa, mas Israel falhou repetidamente em segui-la até o fim. Embora os judeus dos dias de Estevão ainda circuncidassem seus filhos, falharam em obedecer a Deus. A falta de fé e de obediência por parte dos judeus mostrou que falharam em cumprir sua parte na aliança.
A revisão da história judaica feita por Estevão transmite um claro testemunho dá fidelidade e da soberania de Deus. Apesar dos contínuos fracassos de seu povo e do desenrolar dos acontecimentos mundiais, Deus levou seu plano adiante.
ESTEVÃO FALA DE MOISÉS (20-40):
Quando Estevão falou de Moisés, provou que esse foi recusado por Israel (v.35), e que o mesmo Moisés falou de Jesus Cristo (v.37), que os adversários também rejeitaram.
"Um profeta como eu"- Semelhante a Moisés em que ambos tinham um preparo especial e uma vocação divina; ambos fundaram uma dispensação; exerciam uma nova força Espiritual; eram ensinadores religiosos; possuíam autoridade divina; foram rejeitados por sua geração. Mas o Messias é maior do que Moisés.
Os judeus pensavam originalmente que esse "profeta" fosse Josué. Mas Moisés profetizava sobre o Messias, que estava por vir (Dt 18:15). Pedro também citou esse texto em Deuteronômio ao referir-se ao Messias (3:22).
O ponto de vista de Estevão era que a Lei, dada aos judeus por intermédio de Moisés, era o sinal da aliança. Então, pela obediência a ela continuariam a ser o povo aliançado com Deus, mas, por terem desobedecido a Lei (7:39), quebraram o pacto e perderam o direito de estar entre o povo escolhido.
ESTEVÃO FALA DA APOSTASIA DE ISRAEL (41-53):
Nessa parte, Estevão acusa o povo de desobediência, de idolatria, de hipocrisia religiosa, e refere-se ao castigo divino. Fala do afastamento dos israelitas de Deus, prevendo que serão abandonados às suas próprias concupiscências e disterrados da sua pátria.
Contudo, não se incomodaram muito com esta repreensão, porém, quando Estevão parecia desprezar o templo, o aspecto dos adversários mudou.
Embora Estevão reconhecesse a importância do templo, sabia que este não era mais importante do que Deus. O Senhor não é limitado; não está presente apenas em uma casa de adoração, mas também no coração de todos que, com fé, recebem-no (Is 66:1-2).
ESTEVÃO É ASSASSINADO (54-60):
Estevão viu a glória de Deus e Jesus, o Messias, à direita do Pai. As palavras do discípulo foram semelhantes às de Jesus diante do Sinédrio (Mt 26:64; Mc14:62; Lc 22:69). A visão de Estevão apoiava a reinvidicação de Jesus; ela irritou os líderes judeus que condenaram Jesus à morte por blasfêmia. Por não tolerarem as palavras de Estevão, mataram-no.
A penalidade por blasfêmia, o ato de falar irreverentemente a respeito de Deus, era a morte por apedrejamento (Lv 24:14). Os líderes religiosos estavam furiosos, e fizeram com que Estevão fosse apedrejado sem um julgamento. Não entenderam que as palavras dele eram verdadeiras, porque não buscavam a verdade; queriam apenas manter suas convicções religiosas.
Os primeiros cristãos ficavam contentes por sofrer como Jesus, porque isto significava que eram considerados dignos de tal honra (5:41). Estevão estava pronto para sofrer como Jesus e para pedir perdão para os seus assassinos. Tal disposição só poderia vir do Espírito Santo. Ele também pode nos ajudar, como fez com Estevão, a responder com amor aos nossos inimigos (Lc 6:27).
Esse foi o nosso Estudo de Atos 7! Se você quiser ver os estudos dos outros capítulos, é só clicar no Link abaixo. Fiquem todas na paz de Jesus! ❤
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