Estudo do Livro de Atos - Capítulo 19
PAULO PASSA DOIS OU TRÊS ANOS EM ÉFESO (1-21):
Éfeso era a capital e o principal centro de negócios da Ásia (parte da atual Turquia). Era um centro de transportes marítimo e terrestre; tão importante quanto a Antioquia, na Síria, e Alexandria, no Egito. Éfeso era uma das maiores cidades no litoral do mar Mediterrâneo. Paulo permaneceu lá por pouco mais de dois anos, e escreveu sua primeira carta aos Coríntios, na qual abordou vários problemas que a igreja em Corinto enfrentava. Mais tarde, quando estava preso em Roma, escreveu sua carta aos Efésios.
Inicialmente, o batismo de João era um sinal de arrependimento pelo pecado, não o marco de uma Nova Vida em Cristo. Como Apolo (18:24-26), os cristãos de Éfeso tinham conhecimento apenas da mensagem de João; precisavam de uma instrução adicional sobre a mensagem e o ministério de Jesus Cristo. Eles criam em Jesus como o Messias, mas não entendiam a importância da obra do Espírito Santo. Tornar-se um cristão envolve o arrependimento e o abandono do pecado, mas também a aproximação de Cristo pela fé. Assim, os cristãos Efésios tinha a mensagem incompleta.
No livro de Atos, vemos que os cristãos recebem o Espírito Santo de várias maneiras. (1) Normalmente o Espírito Santo vem habitar nas pessoas assim que elas professam a fé em Cristo. (2) Mas o derramamento do Espírito ou batismo no Espírito Santo acontece depois, é um revestimento de poder que capacita o cristão para fazer a obra de Deus. Sabemos disso porque o Espírito foi derramado no Pentecostes, quando os discípulos souberam mais acerca da obra Redentora de Jesus e receberam a missão de proclamar as boas novas a todos. Ao derramar seu Espírito, Deus confirmou aos cristãos como o Corpo espiritual de Cristo e os capacitou para a grande comissão.
O derramamento do Espírito Santo que encher cada crente em Jesus no Pentecostes confirmou-os como igreja. O Pentecostes foi o derramamento formal do Espírito Santo sobre ela. A marca da verdadeira igreja não é somente a doutrina certa mas as ações corretas, que são a evidência da obra do Espírito Santo.
Quando Paulo impôs as mãos sobre esses cristãos Efésios, eles foram batizados no Espírito Santo da mesma maneira que os discípulos no Pentecostes; e houve sinais visíveis exteriores da presença do Espírito Santo [eles falavam em línguas estranhas e profetizavam]. O mesmo aconteceu quando o Espírito de Deus veio sobre outros gentios (ver 10:45-47).
Muitos Efésios tomavam parte no Exorcismo e nas práticas ocultas, visando aos lucros (ver 19:18-19). Os filhos do sacerdote Ceva ficaram impressionados com Paulo, cujo poder para expulsar demônios, maior do que o deles, vinha do Espírito Santo, não de feitiçarias. Então, tentaram expulsar o demônio em nome de Jesus, a quem Paulo pregava, mas descobriram que ninguém pode controlar ou reproduzir o verdadeiro Poder de Deus. Aqueles homens invocaram o nome de Jesus sem conhecê-lo. O poder para transformar vidas vem de Cristo, mas seu nome não pode ser usado como palavra. O Senhor consede seu poder somente aqueles que Ele escolhe.
FANATISMO E INTERESSE (21-41):
Ártemis (ou Diana) era Deusa da fertilidade. Era representada por uma figura feminina com muitos seios. Uma grande estátua de Ártemis, que diziam ter vindo do céu (19:35), ficava no grande templo de Éfeso, uma das maravilhas do mundo antigo. A festa de Ártemis envolvia orgias (libertinagem sexual e bebedeira). Obviamente à vida religiosa e comercial de Éfeso refletia a adoração que a cidade prestava aquela divindade pagã.
Quando Paulo pregou em Éfeso, Demétrio e seus companheiros artesãos não discutiram a doutrina Cristã. Ficaram irados porque a pregação do apóstolo ameaçava o lucro deles, pois fabricavam Ídolos de prata da Deusa Efésia Ártemis. Os artesãos sabiam que, se as pessoas começarem a Crer em Deus, descartariam ídolos, e o sustento deles seria prejudicado.
A estratégia de Demétrio para iniciar uma revolta contra Paulo consistiu em despertar nos colegas de profissão o amor ao dinheiro e encorajá-los a esconder sua cobiça atrás da máscara do patriotismo e da Lealdade religiosa. Os amotinadores não demonstravam as motivações egoístas de sua revolta; viu a si mesmo como heróis que defendiam sua Pátria e suas convicções religiosas.
A multidão se voltou contra os judeus e os cristãos. Alexandre deve ter sido escolhido pelos judeus como um porta-voz para explicar que eles nada tinham a ver com os cristãos. Deste modo, não estavam envolvidos no problema dos artesãos que trabalhavam com prata.
A revolta em Éfeso convenceu Paulo de que era hora de partir. Mas ele também mostrou que a lei romana ainda oferecia alguma proteção aos cristãos que desafiavam a adoração à deusa Ártemis e a religião mais idólatra da Ásia.
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