Estudo do Livro de Atos - Capítulo 23
PAULO DEFENDE-SE PERANTE O SINÉDRIO (1-11):
A parede branqueada é aquela que leva uma fina camada de tinta para esconder a sujeira e parecer mais limpa. O fato de Ananias ter mandado alguem fazer seu trabalho sujo não o absolveu da culpa do seu ato. Ananias mereceu essa repreenssão por que não podia ter mandado alguém esbofetear Paulo. Nenhum Israelita podia ferir o outro na face (LV 19:15).
Há muitas razões para explicar porque Paulo não sabia que Ananias era o sumo sacerdote. É possível que sua visão não estivesse boa e, por isso, ele não conseguiu vê-lo direito. Ou porque suas ordens infringiam a lei que ele tinha responsabilidade de garantir. Ou talvez essa não fosse uma assembleia formal do sinédrio, e o sumo sacerdote talvez não estivesse usando suas vestes sacerdotais ou sentado lugar habitual. Já se havia passado 20 anos que Paulo não fazia mais parte daquele conselho. É bem provável que ele não soubesse quem era o sumo sacerdote naquela ocasião.
Os saduceus e os fariseus eram dois grupos religiosos, porém com convicções notavelmente diferentes. Os fariseus acreditavam na ressurreição do corpo, mas os saduceus não. Estes seguiam apenas o Pentateuco (os livros de Gênesis a Deuteronômio), que não continham o ensino explícito sobre a ressurreição. As palavras de Paulo desviaram o debate de sua questão, voltando a atenção de todos a inflamada controvérsia que aqueles dois grupos religiosos tinham sobre ressurreição. O conselho judaico se dividiu.
Avisado por seus amigos para não ir a Jerusalém, Paulo deve ter colocado em dúvida sua decisão. Mas o Senhor encorajou a não temer porque ele estava sobre o cuidado soberano de Deus. Assim como Paulo tinha dado testemunho de Jesus como o Prisioneiro em Jerusalém, ele faria em Roma. As prisões de Paulo levariam a glorificar a Deus de uma maneira impossível de se fazer sem elas.
TERMINE SUA PRISÃO EM JERUSALÉM (12-22):
Quando a controvérsia entre fariseus e saduceus foi acalmada, os líderes religiosos focaram novamente a atenção em Paulo. Para esses líderes, a política e a posição se tornaram mais importantes do que Deus. estavam prontos para planejar outro assassinato, da mesma maneira que fizeram com Jesus. Mas, como sempre, Deus estava no controle.
Essa é a única referência bíblica a um membro da família de Paulo. Alguns estudiosos acreditam que a família do apóstolo o havia renegado quando ele se tornou um cristão. Paulo escreveu a respeito do sofrimento de perder tudo por Cristo (FP 3:8). Seu sobrinho podia vê-lo, embora Paulo estivesse em prisão preventiva, por que era permitido aos prisioneiros de Roma receber visitas de parentes e amigos, que podiam levar-lhes alimentos e outras coisas de que necessitassem.
COMEÇA A PRISÃO EM CESARÉIA (23-35):
Paulo foi tirado da cidade na calada da noite escoltado por centenas de soldados. Ao que parece, o Tribuno percebeu que a Trama para assassinar a Paulo era algo tão sério que usou quase metade da Tropa da Fortaleza Antônia para escoltar o apóstolo por pelo menos parte do caminho para Roma.
Félix foi o governador romano da Judeia de 52 a 59 d.C. Este era o mesmo cargo que Pôncio Pilatos ocupava na época do julgamento de Jesus. Os judeus tinham muita liberdade para governar a si mesmos, mas do governador Romano administrava o exército, mantinha a paz e arrecadava impostos para Roma.
A lei Romana requeria que o oficial subordinado enviasse uma carta quando ele era enviado ao seu superior. Depois de ler a carta que recebeu Jerusalém, Félix quis saber de que província era Paulo. E quando soube que Paulo era da Cilícia, ele decidiu ouvir o caso, porque a lei civil da Cilícia não exigia que seus cidadãos fossem enviados para serem julgados lá.
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